Segundo o Manual de Redação do jornal O Globo, notícia é o registro dos fatos, de informações de interesse jornalístico, sem comentários. Fatores objetivos determinam a publicação de uma notícia: o caráter inédito; o impacto que exerce sobre as pessoas e sobre sua vida; a curiosidade que desperta; a imprevisibilidade e improbabilidade do fato. A notícia tem caráter mais informativo do que opinativo. Sua linguagem é objetiva.
Veja um exemplo.
Expansão urbana caótica estimula crime nas grandes cidades
NAIRÓBI (AFP) — Os números de crimes estão aumentando nas cidades de todo o mundo e agora afetam mais da metade dos moradores das zonas urbanas dos países em desenvolvimento, afirmou nesta segunda-feira a agência da ONU para assentamentos humanos, a UN-habitat, destacando ainda que Rio de Janeiro e São Paulo são responsáveis por mais da metade da violência do Brasil.
As taxas dos crimes globais aumentaram cerca de 30% entre 1980 e 2000, o que equivale a 3.000 crimes a mais por cada grupo de 100.000 pessoas, alertou o relatório desta agência da ONU sediada em Nairóbi.
Nos últimos cinco anos, 60% das cidades de países em desenvolvimento foram vítimas de crime, segundo dados deste documento que atribuía a tendência de aumento da violência principalmente à rápida e caótica urbanização.
"A violência urbana e o crime estão aumentando mundialmente, dando impulso a um medo generalizado e tirando investimentos de muitas cidades", lamentou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, citado no estudo.
"Isto é especialmente verdade na África, América Latina e no Caribe".
Na América Latina, onde 80% da população é urbana, a expansão rápida de cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Cidade do México e Caracas são responsáveis de mais da metade da violência em seus respectivos países.
O relatório, intitulado "Enhancing Urban Safety and Security: Global Report on Human Settlements 2007" afirma que mais da metade da população mundial agora vive em cidades, alem de apontar para um declínio na violência urbana na América do Norte e no Leste Europeu.
No entanto, mais da metade das cidades tanto de países ricos ou pobres têm medo de crimes "o tempo todo" ou "muito freqüentemente", relatou o documento, citando a opinião de entrevistados.
Veja um exemplo.
Expansão urbana caótica estimula crime nas grandes cidades
NAIRÓBI (AFP) — Os números de crimes estão aumentando nas cidades de todo o mundo e agora afetam mais da metade dos moradores das zonas urbanas dos países em desenvolvimento, afirmou nesta segunda-feira a agência da ONU para assentamentos humanos, a UN-habitat, destacando ainda que Rio de Janeiro e São Paulo são responsáveis por mais da metade da violência do Brasil.
As taxas dos crimes globais aumentaram cerca de 30% entre 1980 e 2000, o que equivale a 3.000 crimes a mais por cada grupo de 100.000 pessoas, alertou o relatório desta agência da ONU sediada em Nairóbi.
Nos últimos cinco anos, 60% das cidades de países em desenvolvimento foram vítimas de crime, segundo dados deste documento que atribuía a tendência de aumento da violência principalmente à rápida e caótica urbanização.
"A violência urbana e o crime estão aumentando mundialmente, dando impulso a um medo generalizado e tirando investimentos de muitas cidades", lamentou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, citado no estudo.
"Isto é especialmente verdade na África, América Latina e no Caribe".
Na América Latina, onde 80% da população é urbana, a expansão rápida de cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Cidade do México e Caracas são responsáveis de mais da metade da violência em seus respectivos países.
O relatório, intitulado "Enhancing Urban Safety and Security: Global Report on Human Settlements 2007" afirma que mais da metade da população mundial agora vive em cidades, alem de apontar para um declínio na violência urbana na América do Norte e no Leste Europeu.
No entanto, mais da metade das cidades tanto de países ricos ou pobres têm medo de crimes "o tempo todo" ou "muito freqüentemente", relatou o documento, citando a opinião de entrevistados.
Pessoas pobres que vivem em favelas são mais afetadas pelo aumento da criminalidade, assim como os quase 100 milhões de crianças de rua nas cidades do mundo.
"A insegurança afeta os pobres mais intensamente", afirmou Anna Tibaijuka, diretora da UN-Habitat. "Isto desfaz laços socioculturais e impede a mobilidade social".
O relatório, divulgado exatamente no Dia Mundial da Habitação, em 1° de outubro, pede um plano urbano efetivo e um governo eficaz como medidas chave para a prevenção de crimes.
Fonte: AFP.
O texto jornalístico
Um bom texto jornalístico depende, antes de mais nada, de clareza de raciocínio e domínio do idioma. Não há criatividade que possa substituir esses dois requisitos.
Deve ser um texto claro e direto. Deve desenvolver-se por meio de encadeamentos lógicos. Deve ser exato e conciso. Deve estar redigido em nível intermediário, ou seja, utilizar-se das formas mais simples admitidas pela norma culta da língua. Convém que os parágrafos e frases sejam curtos e que cada frase contenha uma só idéia. Verbos e substantivos fortalecem o texto jornalístico, mas adjetivos e advérbios, sobretudo se usados com freqüência, tendem a piorá-lo.
O tom dos textos noticiosos deve ser sóbrio e descritivo. Mesmo em situações dramáticas ou cômicas, é essa a melhor maneira de transmitir o fato da emoção. Deve evitar fórmulas desgastadas pelo uso e cultivar a riqueza dos vocábulos acessíveis à média dos leitores.
O autor pode e deve interpretar os fatos, estabelecer analogias e apontar contradições, desde que sustente sua interpretação no próprio texto. Deve abster-se de opinar, exceto em artigo ou crítica.
Fonte: Novo Manual da Redação da Folha de São Paulo, em http://www1.folha.uol.com.br/folha/circulo/manual_texto_introducao.htm
Redação - Objetividade x Subjetividade
Ao expor um problema, ao discutir um assunto, você pode agir de duas maneiras: objetiva ou subjetivamente.
Objetivamente: se a exposição do assunto se apresentar impessoal, marcada pela presença do raciocínio e da lógica universal – quando o assunto for abordado e discutido de maneira genérica, com idéias e posicionamentos que possam ser aceitos por todos, ou por uma maioria.
Essa redação tem por finalidade básica instruir e/ou convencer o leitor. As idéias e o modo de se analisar e enfocar os problemas são pessoais, mas a colocação disso tudo dentro da redação deve se feita de modo impessoal: verbo na 3ª pessoa ou na 1ª do plural – afinal, “nós” não sou eu, mas somos todos.
Subjetivamente: caso predominem, na exposição das idéias, suas próprias opiniões, sua maneira pessoal, particular de ver e encarar as coisas. Essa modalidade depende, essencialmente, do tema dado, o que estar próximo da subjetividade. De um modo geral, ela deve ser evitada por aproximar-se demasiadamente da narração, através dos seus subtipos, como a crônica, por exemplo.
Na redação subjetiva, procura-se antes de tudo, angariar a simpatia do leitor com a redação ao exposto. Daí que, para fazê-lo baseamo-nos essencialmente em nossas opiniões; no nosso modo particular de ver as coisas; no nosso pensar em relação aos fatos; deixando transparecer, muitas vezes, um tom confessional, pontilhado de emoção e sentimentalismos: verbo na 1ª pessoa do singular – EU.
O ideal seria que se unissem num só os dois modelos, escrevendo, num tom impessoal, idéias efervescentes de características emotivas que pudessem tocar o leitor, derrubando-o do seu papel tirano de riscar, corrigir, apontar defeitos, afinal ele é “gente como nós”.
Ensino Dinâmico de Pesquisa, Sorocaba – São Paulo: DCL, Difusão Cultural do Livro, 1999, p.59 e 60.
O texto jornalístico
Um bom texto jornalístico depende, antes de mais nada, de clareza de raciocínio e domínio do idioma. Não há criatividade que possa substituir esses dois requisitos.
Deve ser um texto claro e direto. Deve desenvolver-se por meio de encadeamentos lógicos. Deve ser exato e conciso. Deve estar redigido em nível intermediário, ou seja, utilizar-se das formas mais simples admitidas pela norma culta da língua. Convém que os parágrafos e frases sejam curtos e que cada frase contenha uma só idéia. Verbos e substantivos fortalecem o texto jornalístico, mas adjetivos e advérbios, sobretudo se usados com freqüência, tendem a piorá-lo.
O tom dos textos noticiosos deve ser sóbrio e descritivo. Mesmo em situações dramáticas ou cômicas, é essa a melhor maneira de transmitir o fato da emoção. Deve evitar fórmulas desgastadas pelo uso e cultivar a riqueza dos vocábulos acessíveis à média dos leitores.
O autor pode e deve interpretar os fatos, estabelecer analogias e apontar contradições, desde que sustente sua interpretação no próprio texto. Deve abster-se de opinar, exceto em artigo ou crítica.
Fonte: Novo Manual da Redação da Folha de São Paulo, em http://www1.folha.uol.com.br/folha/circulo/manual_texto_introducao.htm
Redação - Objetividade x Subjetividade
Ao expor um problema, ao discutir um assunto, você pode agir de duas maneiras: objetiva ou subjetivamente.
Objetivamente: se a exposição do assunto se apresentar impessoal, marcada pela presença do raciocínio e da lógica universal – quando o assunto for abordado e discutido de maneira genérica, com idéias e posicionamentos que possam ser aceitos por todos, ou por uma maioria.
Essa redação tem por finalidade básica instruir e/ou convencer o leitor. As idéias e o modo de se analisar e enfocar os problemas são pessoais, mas a colocação disso tudo dentro da redação deve se feita de modo impessoal: verbo na 3ª pessoa ou na 1ª do plural – afinal, “nós” não sou eu, mas somos todos.
Subjetivamente: caso predominem, na exposição das idéias, suas próprias opiniões, sua maneira pessoal, particular de ver e encarar as coisas. Essa modalidade depende, essencialmente, do tema dado, o que estar próximo da subjetividade. De um modo geral, ela deve ser evitada por aproximar-se demasiadamente da narração, através dos seus subtipos, como a crônica, por exemplo.
Na redação subjetiva, procura-se antes de tudo, angariar a simpatia do leitor com a redação ao exposto. Daí que, para fazê-lo baseamo-nos essencialmente em nossas opiniões; no nosso modo particular de ver as coisas; no nosso pensar em relação aos fatos; deixando transparecer, muitas vezes, um tom confessional, pontilhado de emoção e sentimentalismos: verbo na 1ª pessoa do singular – EU.
O ideal seria que se unissem num só os dois modelos, escrevendo, num tom impessoal, idéias efervescentes de características emotivas que pudessem tocar o leitor, derrubando-o do seu papel tirano de riscar, corrigir, apontar defeitos, afinal ele é “gente como nós”.
Ensino Dinâmico de Pesquisa, Sorocaba – São Paulo: DCL, Difusão Cultural do Livro, 1999, p.59 e 60.
Um comentário:
Parabéns. De um modo geral, nao me referindo apenas a essa ´parte: "Texto III - Notícia" foi tudo muito bom, esta entre um dos melhores sites que ja vi sobre Lingua Portguesa. Por fim espero que esteja sempre postando novas coisas.
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