segunda-feira, 30 de julho de 2007

Sebastianismo

Representação da batalha de Alcácer-Quibir, na qual desaparece Dom Sebastião.


A perda da autonomia e o desaparecimento de D. Sebastião originam em Portugal o mito do Sebastianismo (crença segundo a qual D. Sebastião voltaria e transformaria Portugal no Quinto Império). O mais ilustre sebastianista foi sem dúvida o Pe. Antônio Vieira.


Da Wikipédia:


O Sebastianismo foi um movimento místico-secular que ocorreu em Portugal na segunda metade do século XVI como conseqüência da morte do rei D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir, em 1578. Por falta de herdeiros, o trono português terminou nas mãos do rei Filipe II da rama espanhola da casa de Habsburgo. Basicamente é um messianismo adaptado às condições lusas e depois nordestinas. Traduz uma inconformidade com a situação política vigente e uma expectativa de salvação, ainda que miraculosa, através da ressurreição de um morto ilustre.
Apesar do corpo do rei ter sido removido para Belém, o povo nunca aceitou o fato, divulgando a lenda de que o rei encontrava-se ainda vivo, apenas esperando o momento certo para volver ao trono e afastar o domínio estrangeiro.


Seu mais popular divulgador foi o poeta Bandarra, que produziu incansáveis versos clamando pelo retorno do Desejado (como era chamado D. Sebastião). Explorando a crendice popular, vários oportunistas se apresentavam como o rei oculto na tentativa de obter benefícios pessoais. O maior intelectual a aderir ao movimento foi o Padre Vieira.


Finalmente em 1640, pelo golpe restauracionista liderado pelos Braganças, no Porto, Portugal voltou a ser independente e o movimento começou a arrefecer no interior do Nordeste, também ser motivo da crença na chegada de um "rei bom".


O poeta português Fernando Pessoa, em seu livro "Mensagem", admite uma postura sebastianista, em busca de um patriotismo perdido. O livro ainda foi composto com muito do passado heróico de Portugal.


Para saber mais: