segunda-feira, 30 de julho de 2007

Cultismo e Conceptismo

Podemos notar dois estilos no barroco literário:

Cultismo: é caracterizado pela linguagem rebuscada, culta, extravagante (hipérboles), descritiva; pela valorização do pormenor mediante jogos de palavras (ludismo verbal), com visível influência do poeta espanhol Luís de Gôngora; daí o estilo ser também conhecido por Gongorismo. No cultismo valoriza-se o "como dizer".
  • Busca da perfeição formal através de um estilo rebuscado.
  • Utilização contínua de neologismos.
  • Metáforas arrojadas e hipérbatos (inversões sintáticas) freqüentes.

Conceptismo: é marcado pelo jogo de idéias, de conceitos, seguindo um raciocínio lógico, racionalista, que utiliza uma retórica aprimorada (arte de bem falar, ou escrever, com o propósito de convencer; oratória).

Um dos principais cultores do Conceptismo foi o espanhol Quevedo, de onde deriva o termo Quevedismo. Valoriza-se, neste estilo, "o que dizer".

  • Tentativa de dizer o máximo com o mínimo de palavras.
  • Emprego de elipses, duplos sentidos, paradoxos e alegorias.
  • Requinte expressivo e sutileza das idéias.

As características principais são:

Culto do contraste: o poeta barroco se sente dividido, confuso. A obra é marcada pelo dualismo: carne X espírito, vida X morte, luz X sombra, racional X místico. Por isso, o emprego de antíteses.

Pessimismo: devido a tensão (dualidade), o poeta barroco não tinha nenhuma perspectiva diante da vida.

Literatura moralista:
a literatura tornou-se um importante instrumento para educar e para "pregar" por parte dos religiosos (padres).