quinta-feira, 16 de agosto de 2007

O romance do período romântico

Em termos da temática, o romance brasileiro do Romantismo pode ser dividido em quatro tendências distintas.

O romance urbano, que retrata, muitas vezes de forma crítica, a vida e os costumes da sociedade no Rio de Janeiro. Os enredos, na maioria das vezes, são recheados de amores platônicos e puros, fruto de uma classe social sem problemas financeiros e na maioria dos casos estereotipada.
Destacam-se as obras de Joaquim Manuel de Macedo, Manuel Antônio de Almeida e principalmente José de Alencar.

O romance indianista, que focaliza a figura do índio. Enquanto o escritor europeu tinha seus cavaleiros medievais, o brasileiro sentiu a necessidade de resgatar em nosso passado um herói que melhor nos retratasse.
Mesmo sendo algumas vezes retratado como se fosse um cavaleiro europeu da idade média, a figura do índio surge de forma imponente, com seus costumes e sua vida selvagem, mas cheia de virtudes.
Destacam-se aqui as obras de José de Alencar, principalmente os clássicos Iracema e O Guarani.
O romance regionalista, que se concentra em outra figura brasileira: o sertanejo. Na insistência nacionalista de buscar as raízes de nossa cultura, a figura do sertanejo, com suas crenças e tradições, fez-se tão exótica quanto à do índio.
Dentre os regionalistas, destacam-se, além de José de Alencar, Bernardo Guimarães, Visconde de Taunay e Franklin Távora.

O romance histórico, através do qual os romancistas brasileiros buscaram em nossa história temas que alimentassem os anseios românticos, de modo a acentuar ainda mais o nacionalismo exaltado que respirava a pátria desde a independência.
Evidenciam-se Bernardo Guimarães e, mais uma vez, José de Alencar.