A audácia verbal não tem limites:
- comparações inesperadas,
- antíteses,
- paradoxos,
- hipérboles,
- inversões nas frases,
- palavras raras
Vejamos alguns exemplos:
Metáfora:
Purpúreas rosas sobre Galatea / A aurora entre lírios cândidos desfolha. (Góngora)
(A luz rosada do amanhecer banha o corpo branco da jovem Galatea)
Antítese:
A aurora ontem me deu berço, a noite ataúde me deu. (Góngora)
Paradoxo:
Amor é fogo que arde sem se ver; / é ferida que dói e não se sente; / é um contentamento descontente; / é dor que desatina sem doer. (Camões)
Jogo verbal:
O todo sem a parte não é todo; / a parte sem o todo não é parte; / mas se a parte o faz todo, sendo parte, / não se diga que é parte sendo todo. (Gregório de Matos)
Gosto dos poetas barrocos pelo soneto, seguindo a tradição renascentista.