Fonte: Veja Classe AAA, Maio de 2005
"No Brasil a concentração de renda é tão intensa que o índice P90/P10 está em 68 (2001). Ou seja, para cada Dólar que os 10% mais pobres recebem, os 10% mais ricos recebem 68. O Brasil ganha apenas da Guatemala, Suazilândia, República Centro-Africana, Serra Leoa, Botsuana, Lesoto e Namíbia."
Fonte: Wikipedia
Educação é 2º fator de desigualdade social, diz Ipea
A educação é o segundo fator para a desigualdade entre ricos e pobres no Brasil - perde apenas para o acesso à cultura. A conclusão é do estudo Gasto e Consumo das Famílias Brasileiras Contemporâneas, divulgado nesta semana pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O trabalho aponta que as famílias mais ricas gastam 30% a mais que as mais pobres e que quanto maior a renda per capita e o nível de escolaridade dos chefes de família, maior a parcela das despesas com educação.
Enquanto no biênio 1987/88 as despesas das famílias mais ricas brasileiras eram 11,9 vezes superiores às das mais pobres, em 2002/03 essa diferença cresceu para 24,5 vezes, sobretudo pelo aumento com gastos nos cursos regulares - de 13,9 para 44,5 vezes. Em 2002/03, os itens que apontam maior desigualdade de despesas entre as classes sociais brasileiras são os cursos de pós-graduação e os de idiomas, seguidos pelos de ensino superior e médio.
De acordo com o estudo, os gastos com cursos de pós-graduação são praticamente nulos entre as famílias mais pobres do Brasil. Outro indicador de desigualdade é que as despesas das famílias mais ricas com cursos de idiomas superam em até 800 vezes as das mais pobres.
A pesquisa aponta ainda que educação foi o item que mais cresceu no orçamento das famílias: os gastos passaram de 3,16% em 1987/88 para 4,26% em 1995/96, e para 5,50% em 2002/03. O aumento dessas despesas de 1987 a 2003 foi maior na região metropolitana de Goiânia, seguida pelas de São Paulo, Brasília e Belo Horizonte.
Os maiores gastos foram com os cursos regulares (pré-escolares, fundamental, médio e superiores), que em 1987/88 representavam 44,80% do total despendido com educação e em 2002/03 subiram para 66,47%. Os pesquisadores creditam essa alta à expansão da rede privada de ensino nos últimos 15 anos. Neste período, só as matrículas no ensino superior privado cresceram 174%, enquanto no público aumentaram 79,8%.
Para o ensino fundamental e o médio, o percentual de matrículas nas escolas privadas caiu de 12,2% para 9,2% em 1991/02, e de 27% para 12,9%, respectivamente. Segundo o estudo do Ipea, o aumento das mensalidades no período contribuiu para a queda nestes indicadores.
No entanto, segundo a economista Tatiane Menezes, professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e uma das pesquisadoras da obra, as famílias mais ricas do conjunto da sociedade continuaram a procurar mais as matrículas de seus filhos nas escolas privadas do sistema básico (fundamental e médio), em razão da queda na qualidade do ensino público para essas faixas.
No entanto, segundo a economista Tatiane Menezes, professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e uma das pesquisadoras da obra, as famílias mais ricas do conjunto da sociedade continuaram a procurar mais as matrículas de seus filhos nas escolas privadas do sistema básico (fundamental e médio), em razão da queda na qualidade do ensino público para essas faixas.
Fonte: Agência Brasil, publicado no portal Terra em 23 de junho de 2007.
Com base nas idéias presentes nos textos acima, redija uma dissertação sobre o tema:
Distribuição de renda: como evitar que os ricos fiquem cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres?
Analisar a realidade brasileira e propor idéias para gerar desenvolvimento e renda, promovendo a inclusão social. Considerar os papéis do Estado, da iniciativa privada e da sociedade civil.
Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem ferir os direitos humanos.
Observações:
• Seu texto deve ser escrito na modalidade padrão da língua portuguesa.
• O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.
• O texto deve ter, no mínimo, 15 (quinze) linhas escritas.