quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Contexto histórico no mundo

Uma nova revolução industrial, caracterizada pelo avanço tecnológico e progresso científico, modifica não apenas os processos de produção, mas a própria estrutura econômica.

Os negócios familiares em pequena escala são substituídos por grandes empresas, muitas vezes agrupadas em cartéis, e a população se concentra em vastos aglomerados urbanos, impelida pela industrialização.

As nações tornam-se representantes de seus grupos econômicos privados, ampliam o mercado internacional e terminam por se fazer imperialistas, partindo para a conquista direta ou indireta de considerável número de países africanos e asiáticos.

É o grande momento da Europa: a burguesia urbana, enriquecida pelo espólio colonial, vive o luxo, goza o poder sobre o mundo.

Já não é possível a fantasia, nem o mito da natureza, nem o fechar-se na própria interioridade.

Os acontecimentos exigem a participação do artista. Agora ele é um participante do mundo, ou ao menos, um observador do mundo.

É verdade que o sentimento desagradável da realidade persistirá em sua alma, herança do Romantismo.

Mas em vez de transformar esse sentimento em desabafo ou grito, como o romântico, o artista procurará examiná-lo à luz de teorias sociológicas, psicológicas ou biológicas.