segunda-feira, 15 de junho de 2009

E-mail para a turma. Assunto: recursos lingüísticos na internet

do G1

http://revistaescola.abril.uol.com.br/ensino-medio/e-mail-turma-assunto-recursos-linguisticos-internet-431656.shtml

Introdução

Pode interromper o primeiro download se você nunca recebeu um e-mail com frases repletas de abreviações e neologismos do tipo flw, blz, naum, bj, hj e [ ]s. O que será que aconteceu com a linguagem dos jovens? Eles estão escrevendo errado – se obedecermos ao pé da letras às regra gramaticais – ou a pressa e a criatividade exigidas em comunicadores instantâneos, chats, blogs, fotologs e uma infinidade de outros espaços virtuais transformam os internautas em artífices das palavras? De acordo com a reportagem de VEJA ESPECIAL, aqueles que navegam pela rede mundial de computadores vem adaptando e tornando cada vez mais ágeis e divertidos os códigos on-line. Os puristas da língua, portanto, podem respirar aliviados: o bloguês está longe de ser errado. O texto da revista desafia os estudantes a analisarem esse universo lingüístico que eles mesmos criaram.

Reserve um horário no laboratório de Informática. Organize os alunos em grupos e proponha que visitem vários blogs. Revise os principais conceitos relacionados aos diários virtuais (a aula indicada no final deste roteiro pode servir de subsídio). Providencie um dicionário comum e outro de lingüística, além de uma boa gramática. Leve o material para a aula.

Oriente a leitura da reportagem e destaque a interação criada pela internet entre os personagens retratados. Ajude os adolescentes a perceber como numa sociedade cada vez mais fechada não há mais tempo para falar, discutir, ouvir e partilhar. O blog, portanto, funciona como um veículo para se mostrar, pensar, rir, chorar – e ouvir o outro por meio do feedback. Ressalte essa relação e encaminhe uma segunda rodada de navegação pelos diários on-line.

Atividades
Encarregue os adolescentes de enumerar as principais características dos endereços visitados e ajude-os a notar que eles acabaram fazendo uma pesquisa qualitativa. Revele que o principal objetivo dessa atividade é apontar os campos semânticos dos posts e analisar o discurso empregado pelos autores das narrativas. Caso julgue pertinente, inclua na discussão algumas questões de lexicologia – tema que geralmente passa ao largo dos conteúdos programáticos durante as reflexões lingüísticas.

Sugira que cada equipe se atenha aos textos dos blogs. Discuta o papel interativo da ferramenta e a necessidade desse tipo de manifestação humana. Peça, em seguida, que os jovens investiguem o blogging como forma de comunicação pessoal e veículo divulgador de interesses específicos. Conte como levantar hipóteses sobre o corpus lingüístico examinado. Quais são as intenções das linguagens verbal e não-verbal nesses endereços? Explore a diversidade dos conteúdos e evidencie as temáticas mais presentes. Algumas delas são mostradas nos desenhos que ilustram este plano de aula. Ensine que um blog trata, principalmente, de:


@ modelagem política e social;
@ uso como diário de vida pessoal;
@ conteúdo reafirmador da existência;
@ apresentação de pontos de vista sobre o mundo e as coisas;
@ interesse em criar comunidades;
@ realizar catarse; e
@ fazer uso literário ou poético.

Fale também sobre a especificidade da audiência, ou seja, os leitores que freqüentam os blogs constantemente e ali deixam comentários. Lembre que tais textos reforçam a intencionalidade original de estabelecer comunicação.
Dê a cada grupo a incumbência de levantar um conjunto lingüístico capaz de revelar, pelas relações de sentido presentes nos textos verbais e visuais dos blogs, o campo semântico em que elas atuam. Analise a forma (morfológico-lexical), o sentido (semântico) e a distribuição (interface léxico-sintática) dos textos. Ensine que entre as formas encontradas no discurso em cada categoria de blog e a nomenclatura empregada pelos internautas há um abismo tão significativo que até o dicionário se torna um objeto decepcionante.

Explore o Pequeno Dicionário de Bloguês, incluído no final da reportagem, e pergunte que outros verbetes a classe acrescentaria. Diga o que são redes semânticas e estimule os alunos a criarem uma. Peça que cada grupo componha e explique os subconjuntos vocabulares trabalhados. Faça com que todos percebam a freqüência de uso de certas estruturas e incentive a descoberta da intencionalidade de cada texto nos diários virtuais. Se achar pertinente, instigue reflexões lingüísticas sobre questões de lexicologia. Conte que o léxico de uma língua é potencialmente infinito e não se restringe ao estudo dos vocábulos atestados. Ele inclui os “atestáveis”. Lance mão dos dicionários e da gramática e esclareça as eventuais dúvidas relacionadas a esses termos. Ressalte os discursos em bloguês e leve os estudantes a examinar a construção interna (forma) das palavras (unidades de uso) desse pretenso idioma. Peça que todos verifiquem o processo de formação das palavras e examinem atentamente o aspecto complementar da morfologia. Os vocábulos analisados mantêm indicadores de tempo, pessoa, modo, gênero, conjugação etc.? Há alguma tendência à preservação exclusiva do lexema, com perda dos morfemas gramaticais flexionais e derivacionais?

Há uma certa regularidade nos procedimentos de alteração dos vocábulos? Discuta se é possível definir o sentido lexical do bloguês, essa espécie de nova versão da língua portuguesa. Lance outras questões. Pergunte como podemos desenvolver a representação física dos novos termos. É possível estruturar o léxico e a função das relações semânticas desse código recém-criado? A nova estrutura lingüística obedece a regras mais ou menos fixas? Será que ela atende ao princípio de uma economia de tempo, movimentos e digitação? Ou as alterações no plano da escrita são motivadas pelos mesmos critérios que tornam a fala e a redação elementos separados? Há empréstimo lingüístico no bloguês? Em caso positivo, ele é predominantemente ligado a qual idioma? Convide o professor de Língua Estrangeira a falar sobre os empréstimos da língua de Shakespeare com a popularização do uso do computador. No caso específico dos blogs, é possível compor um vocabulário próprio para manejar o recurso? Revele os cruzamentos e as transplantações culturais escondidos em adoções de termos como blog, blogueiro, bloghost, blogosfera, blogroll, fotolog, moblog, blortal, videoblog etc. Por fim, sugira mais uma reflexão: escrever é resultado de vocabulário amplo ou é necessário dominar estruturas, discernir e estabelecer relações lógicas? Como podemos situar um blog nesse contexto?

Consultoria Ângelo Masson Neto
Professor da Universidade Anhembi-Morumbi, de São Paulo


LEITURA COMPLEMENTAR: http://veja.abril.uol.com.br/especiais/jovens_2004/p_068.html


História da Língua Portuguesa no Brasil

LINHA DO TEMPO

1500
Os cerca de 5 milhões de indígenas (estimativa), que habitam as terras ocidentais da América do Sul na época da chegada dos portugueses, falam mais de mil línguas, com dois grandes grupos principais: jê (no Brasil Central) e tupi-guarani (no litoral).

1530
Com a criação das vilas de São Vicente (1532) e Salvador (1549), se dá a entrada oficial do Português no território. Os colonizadores adotam os idiomas indígenas. Mas depois surgem as línguas gerais – próximas às dos índios –, faladas pelos filhos de portugueses e nativas.

1538
Os africanos escravizados trazem sua cultura (a banto e a sudanesa são as principais), também influenciando o Português. Do banto vêm línguas como o quicongo e o quimbundo. Palavras como bagunça, moleque e caçula são desse grupo e que falamos até hoje.

1580
A língua geral paulista, de base tupi, é registrada por expedicionários. Os jesuítas e os bandeirantes são responsáveis por difundi-la. Para dizer gafanhotos verdes, fala-se tucuriurie, para esbofetear, eipumpa n sovâ. Ela desaparecerá no século 18.

1700
Surge a língua geral amazônica, ou nheengatu, de base tupinambá. Algumas palavras: tapioca, açaí, tipóia. Ela ainda é falada por 8 mil brasileiros. Nasce o dialeto de Minas, mistura do Português com a evé-fon, falada por negros originários da região da Costa da Mina, na África.

1759
Os jesuítas, que conheciam o tupi e ensinavam as línguas gerais aos índios, são expulsos. O marquês de Pombal promulga uma lei para impor o uso do Português. No entanto, as três línguas (tupi, africanas e Português) coexistem por muito tempo no território.

1808
A chegada da família real portuguesa marca a difusão da língua, com a criação da Biblioteca Real e das escolas de Direito e Medicina. O fim da proibição da existência de gráficas possibilita o surgimento de jornais e revistas e a massificação de uma maneira de falar.

1850
Com a chegada de imigrantes e o início da urbanização, há a intensa assimilação do Português popular pelo culto e a incorporação de estrangeirismos. Em vez de “tu és”, fala-se “você é” e “nós fizemos” divide espaço com “a gente fez”.

1922
A Semana de Arte Moderna leva o Português informal para as artes. Ao mesmo tempo, os migrantes vão para a cidade e o rádio e as novidades urbanas chegam até o campo. Assim, as variedades lingüísticas passam a se influenciar mutuamente.

1950
Com o advento da TV, o americanismo chega ao Brasil e, com ele, novos termos. A criatividade na fala e nas manifestações artísticas movimentam o mundo das palavras. Expressões populares ganham a boca de todos, como “acabar em pizza” e “jogar a toalha”.

1980
A Constituição de 1988 garante o direito de índios e negros residentes de antigos quilombos (local onde viviam escravos fugidos) preservarem seu idioma. Atualmente mais de 220 povos indígenas falam cerca de 180 línguas no território brasileiro.

1990
A entrada da TV em mais de 90% dos lares acaba com o isolamento lingüístico, mas as comunidade reagem às influências, absorvendo, adaptando ou rejeitando-as, mas sempre mantendo sua identidade. Surgem leis contra o analfabetismo. Nasce o internetês.

Fonte: Museu da Língua Portuguesa

A língua é viva

do G1
http://revistaescola.abril.uol.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/lingua-viva-423717.shtml

A linguagem começa com um sopro. O ar que vem dos pulmões é modelado por inúmeras possibilidades de abertura da boca e movimento dos lábios e da língua. Sobe, desce, entorta, recolhe. A cada mexida são formadas vogais, consoantes, sílabas, palavras. Se você tivesse nascido e crescido isolado de outros seres humanos, provavelmente emitiria apenas gemidos. Apesar de ninguém saber exatamente quando surgiram os idiomas, há algumas certezas: a língua é viva, acompanha um povo ao longo dos tempos, expressando uma maneira de organizar o mundo em nomes e estruturas lingüísticas, mudando e reinventando-se com as pessoas.

As transformações acontecem nas ruas e nos prédios de grandes instituições, na linguagem dos sermões, das palestras, dos discursos de políticos e advogados (com seus vocabulários tão particulares). As mudanças também ocorrem na escrita, seja aquela feita com a ponta do lápis, na máquina de escrever ou no computador. Das poesias aos documentos, nada permanece igual por muito tempo. Existem as alterações que vêm naturalmente e ainda as que são determinadas por lei, como é o caso do Acordo de Unificação Ortográfica, elaborado em 1990 e recentemente ratificado pelo Brasil, que pretende aproximar as maneiras de escrever de todos os países que têm o Português como idioma oficial.

A fala e a escrita

Geralmente, a maneira de falar se renova mais rápido do que o modo como se escreve, já que este requer a padronização para ser compreendido por mais gente durante mais tempo. Alice Saboia, professora de pós-graduação em Estudos da Linguagem da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), explica que isso se dá porque a oralidade precede a escrita e é muito mais utilizada.

De todos os jeitos de se expressar oralmente e de registrar os termos que pipocam diariamente, só alguns são incorporados aos dicionários e se tornam eternos (enquanto durarem). Membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) e um dos maiores gramáticos do país, Evanildo Bechara esclarece que um vocábulo entra no dicionário quando é usado amplamente e quando escritores ou certos profissionais sentem a necessidade de incluí-lo.
Calcula-se que existam mais de 300 mil palavras na Língua Portuguesa, mas o Aurélio traz 160 mil verbetes, e o Houaiss, 228 mil. No dia-a-dia, porém, utilizam-se de 1,5 mil a 3 mil deles. A expectativa é que um aluno de 1a a 4a série conheça pelo menos mil.

A língua faz um recorte do real e define, em palavras, os contornos do que vemos. Mário Perini, no livro A Língua do Brasil Amanhã e Outros Mistérios, cita a forma como diferentes idiomas categorizam as cores. Segundo ele, enquanto os portugueses dividem o espectro solar em seis cores – azul, amarelo, verde, vermelho, laranja e roxo –, os galeses (povo que habita o País de Gales, na Europa) usam apenas duas: gwyrdd, correspondente ao roxo, azul e verde, e glas, para definir as cores quentes (do vermelho ao laranja). “Eles percebem todos os matizes, mas criaram apenas duas categorias”, escreve Perini.

Por que muda?

“Mudanças são inevitáveis”, afirma Marcos Bagno, escritor e professor de Lingüística na Universidade de Brasília. A Língua Portuguesa deste texto que você lê, é a usada no Brasil, no século 21, em 2007, bem diferente do Português falado na década de 1940 e em épocas anteriores. No latim do Império Romano, mal se reconhece o tronco que deu origem ao nosso idioma (leia mais sobre as transformações no rodapé desta reportagem). Lá, solitate significava solidão. As derivações soidade e suidade aparecem em cantigas portuguesas do século 13 para expressar sentimentos relacionados à ausência da pessoa amada. Só no século 15, saudade foi incorporada à “última flor do Lácio”.

Bagno aponta os diferentes agentes de mudança. Um deles é o cognitivo, que diz respeito ao modo como se processa a linguagem no cérebro. Ao usar a analogia, altera-se uma palavra para adaptá-la a um modelo preexistente (por exemplo: friorento tem “or” por analogia com calorento). Na metaforização, há a transposição de sentido. Depois de um dia de trabalho, quando um falante diz “estou quebrado!”, ele não quer dizer que está em vários pedacinhos. Ocorre aí um exemplo de derivação do sentido original concreto para um conceito abstrato. Esses são alguns exemplos de fenômenos cognitivos.“Submetemos a fala a diversos processos mentais intuitivos e inconscientes, fazendo novas inferências”, explica o pesquisador.

A esses processos se juntam os fenômenos de ordem social e cultural. Modificam-se as formas de viver, as manifestações culturais e as organizações política e econômica da sociedade. Além disso, os povos se deslocam, se influenciam e se distanciam em vários aspectos. “A maneira como falamos hoje é muito mais próxima da falada no século 15 pelos portugueses do que a utilizada hoje em Portugal”, conta Ataliba Teixeira de Castilho, lingüista da Universidade de São Paulo (USP) e um dos consultores na criação do Museu de Língua Portuguesa, em São Paulo. “Era uma linguagem assisada, como se dizia ‘ajuizada’ na época, de fala devagar. Atualmente os portugueses mal pronunciam as vogais átonas.”

Diferenças no espaço

Há também uma série de palavras e construções usadas no Brasil e que, muitas vezes, se consideram erradas e caipiras, mas são exemplos da linguagem mais “correta” do passado. Castilho diz que construções recentemente ouvidas em Cuiabá, como “filha meu não casa”, eram utilizadas pelos colonizadores. E quando alguém diz “frecha” e “ingrês” (no lugar de flecha e inglês), acredite, está roçando na língua de Camões!

Ouvir algo que soa estranho é comum em um país com tantas diferenças. Ao falar sobre transformações na linguagem, Maria José de Nóbrega, formadora de professores e elaboradora dos Parâmetros Curriculares Nacionais de 5a a 8a série, resume: “As línguas não mudam apenas no tempo, mas também variam no espaço”. Ao estudar variações de origem socioeconômica, gênero, faixa etária, nível de escolaridade e região, é possível perceber esse dinamismo.

Cada grupo social é capaz de modificar o falar e o escrever, mas em geral, a população mais jovem é disparadora das mudanças. Maria José afirma que faz parte do papel da juventude se diferenciar, romper padrões e testar novidades. Professor de 8a série da Escola Internacional de Alphaville, em Barueri, na Grande São Paulo, José Eduardo Sena se surpreende com as gírias que os alunos trazem do universo da informática: “Na sala de aula, temos o privilégio de ouvir inovações lingüísticas em primeira mão”.

Até regras sintáticas sofrem alterações. É comum ouvir frases em forma de tópicos e não mais organizadas no padrão sujeito e predicado. Começa-se a frase com um assunto e depois passa-se para a ação – “A casa, roubaram os portões dela” é uma fala que já chamou a atenção dos especialistas, mas ainda não chegou às gramáticas.

Esse caso comprova a idéia de que o Português não padrão – aquele utilizado informalmente – tem suas próprias lógica e regras internas. Só não estão registradas. Luiz Carlos Cagliari, especialista em história da ortografia da Língua Portuguesa da Universidade Estadual Paulista (Unesp), afirma que todos os dialetos e variantes lingüísticas podem ser sistematizados e que, portanto a gramática tradicional é apenas o ordenamento de uma delas: o da língua-padrão.

Na cabeça dos jovens

O exemplo mais recente de todo esse dinamismo está na escrita cifrada usada na internet, que pode (e deve) ser discutida em sala de aula e usada em proveito da aprendizagem. O uso criativo da linguagem da comunicação via computador é uma novidade. Abreviações eram feitas desde a época do latim, mas nunca houve nada com a inventividade do internetês.“Trata-se de uma escrita praticamente instantânea, algo inédito”, comenta Ataliba de Castilho, da USP. Cagliari desmistifica a idéia de que essa variação seja fonética.“Toda escrita tem como objetivo permitir a leitura e não transcrever a fala”, diz.

“Muitos professores se alarmam e acham que o fim da língua está próximo”, declara Dileta Delmanto, formadora de professores e autora de livros. Outros, no entanto, procuram se adaptar à novidade. Janaína Batista de Lima, do Colégio Abgar Renault, de Belo Horizonte, está nesse grupo. Quando viu, nas provas da turma da 5a série, palavras escritas de forma diferente, como vc, eh e naum (no lugar de você, é e não), não entendeu nada.“Eu não sabia nem de onde vinham as letras agrupadas daquela maneira. Só quando utilizei a internet compreendi essa linguagem.”

Os especialistas acreditam que não há problema em discutir o uso desses termos na escola desde que os estudantes reflitam sobre eles e saibam que o local para praticar a nova criação é exclusivamente na internet. Uma dica: esteja sempre aberto às inovações trazidas pelos estudantes sem considerar a escrita errada nem alimentar preconceitos lingüísticos.

Idelbrando Mota de Almeida, professor de Ensino Fundamental e Médio no Colégio Estadual Olavo Alves Pinto, em Retirolândia, na Bahia, explica aos alunos o porquê do uso daquela linguagem e conversa com eles por chats ou sites de relacionamento, como o Orkut, mas não abre mão de escrever de acordo com a norma-padrão.

Já Ana Maria Nasser Furtado, da 8a série do Colégio Humboldt, em São Paulo, aderiu ao internetês. Ela realiza debates com a garotada sobre o assunto e alguns acham esquisito que ela escreva como eles. “Sei que é uma questão de identidade para os jovens”, conta, lembrando-se dos pais que reclamam por não entender o que os filhos digitam. Na verdade, é essa a intenção! O conflito não se dá só entre pais e filhos, mas entre os próprios jovens. “Quem tem 15 anos se comunica de forma diferente dos irmãos mais novos”, relata Ana. E, com as gerações, muda a língua, que não pára de se recriar.

Entender as mudanças da língua ajuda a...

● Combater o preconceito.
● Conhecer as diferenças entre as modalidades oral e escrita.
● Adequar o uso das variantes lingüísticas de acordo com o contexto.

Novas palavras nas línguas

É possível calcular quantas palavras surgem por dia na língua portuguesa?

Todos os dias, palavras surgem e deixam de existir

Paula Sato (novaescola@atleitor.com.br)

do G1
http://revistaescola.abril.uol.com.br/lingua-portuguesa/fundamentos/possivel-calcular-quantas-palavras-surgem-dia-lingua-portuguesa-473887.shtml

Segundo o Global Language Monitor, entidade americana que congrega estudiosos da língua, em 10 junho de 2009, a língua inglesa deveria atingir a marca de um milhão de palavras. Não é possível saber qual será a milionésima palavra ou se ela realmente vai surgir na data exata, mas, segundo o site da entidade, a conta é feita com base em um algoritmo, que calculou o ritmo de criação de novas palavras na língua inglesa em uma a cada 98 minutos. Mas será que essa conta é mesmo válida? Ieda Maria Alves, professora do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da USP, diz que acredita ser impossível precisar dessa forma quantas palavras são criadas por dia em uma certa língua. "É muito complicado fazer essa conta, pois novas palavras são criadas diariamente e em algumas áreas, com mais movimentação e criatividade de conceitos, há mais palavras novas do que em outras", afirma. Um exemplo que a linguista dá é a área de tecnologia. Como há o desenvolvimento constante de novidades, também há novas palavras para dar nome a essas tecnologias. Por exemplo, há 40 anos, não existiam vocábulos como computador, clonagem ou blog.

Outro problema para precisar a velocidade de criação de novas palavras é que, ao mesmo tempo em que várias surgem todos os dias, muitas delas também deixam de existir logo em seguida. Para que uma palavra sobreviva, é preciso que ela entre para o vocabulário de outras pessoas. "Uma palavra pode ser inventada por uma pessoa sem influência, que não tem repercussão na mídia, que não escreve e desaparecer. Se ela não for repetida, não permanece", argumenta Ieda Alves. A linguista ainda lembra que muitas palavras são inventadas em obras literárias, como nos livros de Guimarães Rosa. Nesses casos, as palavras não costumam ser repetidas por outras pessoas, mas se o livro tiver repercussão, as palavras continuam a existir porque estão registradas em livros e são lidas por muitas pessoas. Outro caso muito comum é de palavras que deixam de existir por falta de uso e até podem ser retiradas dos dicionários. Assim, para precisar quantas palavras existem em uma língua é preciso levar em conta que novas palavras surgem diariamente, mas que muitas outras também deixam de existir. Atualmente, o dicionário Houaiss, lançado em 2001, lista 400 mil palavras. Segundo Ieda Alves, o número de vocábulos que realmente existem é um pouco maior. "Se levarmos em consideração as palavras técnicas e científicas, devem existir cerca de 600 mil palavras na língua portuguesa", estima. A especialista ainda lembra que conjugações verbais e plurais não entram nessa conta, só é considerada a forma infinitiva.

Enem no vestibular

Da Folha Online
Até agora, 45 faculdades federais já declararam que irão utilizar o exame em seus vestibulares de acordo com uma das quatro formas recomendadas pelo MEC (Ministério da Educação): como prova única para a seleção de ingresso; substituindo apenas a primeira fase do vestibular pelo Enem; combinando a nota do Enem com a nota do vestibular tradicional (nesta modalidade, a universidade fica livre para decidir um percentual do Enem que será utilizado na média definitiva); ou usando o Enem como fase única apenas para as vagas ociosas da universidade.
Dentre essas 45 instituições, pelo menos 20 (dentre as 55 em funcionamento) informaram que vão integrar o sistema único de vestibular do MEC, seja com parte ou com todas as vagas de graduação disponíveis.A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), por exemplo, vai adotar o novo Enem como critério único de seleção apenas para alguns cursos. Medicina, que é o mais concorrido, não fará parte do sistema do MEC, mas vai usar a nota do Enem como primeira fase do processo seletivo.O Enem também pode ser usado para concorrer a bolsas do Prouni (Programa Universidade para Todos). O resultado exame deverá ser enviado aos candidatos via Correios, a partir da segunda quinzena de janeiro de 2010.

ATENÇÃO! Começaram as incrições para o ENEM

Não vá deixar para a última hora!

15/06/2009 - 00h01
Enem 2009 começa a receber inscrições nesta segunda-feira

Da Redação*
Em São Paulo
*Atualizada às 8h34.

O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2009 começa a receber inscrições a partir das 8h desta segunda-feira (15), somente pela internet. O prazo termina às 23h59 de 17 de julho (horário de Brasília (DF)). É preciso preencher o cadastro e imprimir o comprovante de inscrição e o boleto de pagamento; a taxa custa R$ 35.

Pessoas que tenham estudado em escolas públicas ou em instituições participantes do Encceja 2006, 2007 e 2008 têm isenção de taxa. Também terão isenção de taxa candidatos de baixa renda, bem como os inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais.

Para obter o benefício, é necessário fazer requerimento entre os dias 15 e 19 de junho, pela web. A relação dos isentos será divulgada até 3 de julho.

Os comprovantes de inscrição estarão disponíveis via web até o dia 24 de julho.

Estudantes que já finalizaram a escolarização básica em anos anteriores e estão interessados na certificação do ensino médio poderão se inscrever até as 23h59 do dia 19 de julho. Os comprovantes de inscrição desse grupo estarão disponíveis até 31 de julho.

Formato do exame
A prova terá 180 questões e tempo de duração total de 10h, distribuídos entre os dias 3 e 4de outubro.

No primeiro dia de exame (3/10), haverá provas de ciências da natureza e suas tecnologias e, depois, ciências humanas e suas tecnologias. Nesse dia, os candidatos terão 4h30 para resolver as questões.

No segundo dia (4/10), serão aplicadas a prova de linguagens, códigos e suas tecnologias, que inclui a redação, e a prova de matemática e suas tecnologias. Os estudantes terão 5h30 para a resolução dos exames.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Primeiro exercício de dissertação

Tema: "A ameaça da violência na realidade brasileira."

A charge, apresentada como motivação, é um trabalho do cartunista Mauricio Pestana, seu endereço na internet é http://www.mauriciopestana.com.br/.


Minha Alma (A Paz Que Eu Nao Quero)
O Rappa

Composição: Marcelo Yuka

A minha alma tá armada e apontada
Para cara do sossego!
(Sêgo! Sêgo! Sêgo! Sêgo!)
Pois paz sem voz, paz sem voz
Não é paz, é medo!
(Medo! Medo! Medo! Medo!)

As vezes eu falo com a vida,
As vezes é ela quem diz:
"Qual a paz que eu não quero conservar,
Prá tentar ser feliz?"

As grades do condomínio
São prá trazer proteção
Mas também trazem a dúvida
Se é você que tá nessa prisão

Me abrace e me dê um beijo,
Faça um filho comigo!
Mas não me deixe sentar na poltrona
No dia de domingo, domingo!

Procurando novas drogas de aluguel
Neste vídeo coagido...
É pela paz que eu não quero seguir admitido

É pela paz que eu não quero seguir
É pela paz que eu não quero seguir
É pela paz que eu não quero seguir admitido


Veja vídeo no link: http://www.youtube.com/watch?v=_tKQKJLrknI


O objetivo principal deste primeiro exercício é sentir, de modo geral, como vocês estão preparados para enfrentar a redação do ENEM.

Não deixe de enviar a redação da semana pelo e-mail redacao.enem@gmail.com, com cópia para enem@mandic.com.br. Ela será encaminhada para uma corretora especializada, avaliada segundo os critérios do ENEM e devolvida para você com comentários que o ajudarão a se preparar para a prova.

As orientações completas estão no link abaixo.
http://enemnota100.blogspot.com/2007/05/quando-termino-uma-redao-para-onde-eu.html

"Quando termino uma redação, para onde eu envio?"



ATENÇÃO: Este blog destina-se aos alunos matriculados no curso preparatório para o ENEM das escolas filiadas à rede LFG! O serviço de correção das redações é também restrito a esse público.

Ao concluir uma redação, por favor, envie para os e-mails redacao.enem@gmail.com e enem@mandic.com.br. Você receberá o texto corrigido por uma corretora especializada no ENEM.

Por que deve enviar para os dois e-mails? O e-mail enem@mandic.com.br é para acompanhamento dos textos por mim, o Prof. Ricardo. Esta leitura me permite avaliar, no conjunto, as dificuldades dos alunos e direcionar as aulas para os pontos críticos detectados. Posso também, eventualmente, corrigir uma ou outra redação durante as aulas.

Obrigado.

O que é texto?

A pergunta parece óbvia, mas não é. Em lingüística, a noção de texto é ampla e aberta, sem uma definição precisa. Seu estudo inclui textos verbais (orais e escritos) e não-verbais (linguagem corporal ou gestualidade, imagens, gráficos, tabelas, cartazes, peças musicais etc.), além de permitir a interação de ambos, como numa história em quadrinhos, por exemplo, em que aparecem, ao mesmo tempo, desenhos e frases escritas.

Podemos, em linhas gerais, considerar que texto é uma manifestação lingüística das idéias de um autor, interpretadas pelo leitor, sempre de acordo com seus conhecimentos da língua e seu repertório cultural, que são determinados por fatores objetivos e subjetivos, como sua visão de mundo, sensibilidade, nível social, formação, escolaridade, idade, localização geográfica, lugares onde morou, profissão, entre outros.

Além disso, na produção e recepção de um texto, existe uma série de fatores que contribui para construir o seu sentido. Fazem parte desse processo as peculiaridades de cada ato comunicativo, ou seja, as intenções do produtor, o jogo de imagens mentais que os interlocutores fazem de si e entre si, do outro e do tema do discurso. A textualidade abrange também o contexto sociocultural em que se insere o discurso, uma vez que delimita os conhecimentos pontilhados pelos interlocutores. Uma outra particularidade do texto é o fato de que ele se constitui numa unidade semântica.

Todos esses fatores influenciam decisivamente a maneira como se fala e se entende, em qualquer parte do mundo, em qualquer idioma.

De acordo com a filósofa Marilena Chauí, um texto contém, em si, muitos outros textos. Aquele que lê, não lê apenas, passivamente palavras. Mas, ao efetuar sua leitura, produz, no exercício da interpretação, um outro texto que lhe é próprio. O leitor é, neste sentido, co-autor de uma obra que se perpetua, justamente pela sua possibilidade de ser re-lida e, portanto, reescrita.

Leitor aqui deve ser entendido em seu sentido mais amplo. Desta forma, podemos “ler” uma tabela, um gráfico, uma foto, um vídeo, um poema, uma carta etc. Esse leitor pode ser um ouvinte, um espectador, ou seja lá qual for a melhor denominação, dependendo do papel que ocupa e do tipo de texto em questão. Todos somos autores e leitores. Em outras palavras, todos somos emissores e receptores dessas mensagens de diversas naturezas que chamamos de texto.

Vamos percorrer o que dizem alguns autores sobre o tema:

"Um texto é uma ocorrência lingüística, escrita ou falada de qualquer extensão, dotada de unidade sociocomunicativa, semântica e formal. É uma unidade de linguagem em uso."

“Uma ocorrência lingüística, para ser texto, precisa ser percebida pelo recebedor como um todo significativo. Ainda, o texto caracteriza-se por apresentar uma unidade formal, material. Os elementos lingüísticos que o formam devem ser reconhecivelmente integrados, de modo a permitirem que ele seja apreendido como um todo coeso”

Maria da Graça Costa Val em “Redação e textualidade”, 2ªed., Martins Fontes, 1999

“O texto (do latim textum: tecido) é uma unidade básica de organização e transmissão de idéias, conceitos e informações de modo geral. Em sentido amplo, uma escultura, um quadro, um símbolo, um sinal de trânsito, uma foto, um filme, uma novela de televisão também são formas textuais. Tal como o texto escrito, todos esses objetos geram um todo de sentido (...)”

Luiz Roberto Dias de Melo & Celso Leopoldo Pagnan em “Prática de texto: leitura e redação”, W3 Editora, 2003.

“Em sentido amplo, a palavra texto designa um enunciado qualquer, oral ou escrito, longo ou breve, antigo ou moderno.”

Elisa Guimarães em “A articulação do texto”

“Chama-se texto o conjunto dos enunciados lingüísticos submetidos à análise: o texto é, então, uma amostra de comportamento lingüístico que pode ser escrito ou falado.”

Luana Medeiros Bonetti

O interesse pelo texto como objeto de estudo gerou vários trabalhos importantes de teóricos no campo da Lingüística Textual, que percorreram fases diversas cujas características principais eram transpor os limites da frase descontextualizada da gramática tradicional e ainda incluir os relevantes papéis do autor e do leitor na construção de textos.

Fique atendo para alguns exemplos de textos a seguir.

Interpretação de textos

A interpretação de textos é a espinha dorsal do ENEM. Alguns especialistas chegam a afirmar que as questões objetivas são, em sua grande maioria, nada mais que uma avaliação da capacidade de entender enunciados das mais diferentes modalidades e relacioná-los. Vamos começar com uma definição.

domingo, 7 de junho de 2009

Rumo ao ENEM 2009

Imagine uma maratona com milhões de atletas de todos os tipos. Cada um tem um histórico, que já o predispõe a ter mais ou menos chances. Na etapa de preparação, que compreende os meses anteriores ao grande dia, é possível se condicionar melhor e tentar suprir algumas falhas de uma longa jornada de pouco treinamento ou rendimento baixo, mas é preciso esforço e dedicação.

Uma vez dada a largada, na linha de partida, sai em disparada um pelotão de milhões de jovens que acabam de terminar o ensino médio e também de pessoas, já não tão jovens, que o concluíram há mais tempo, mas resolveram voltar a estudar. Todos têm um objetivo em comum: conquistar uma excelente colocação, suficiente para ingressar em uma universidade, a melhor possível. Esta decisão refletirá em seus futuros. Uma grande parte disputa também uma classificação no ProUni, programa do Governo Federal que concede bolsas integrais ou parciais em instituições de ensino privadas.

Ao longo dos próximos meses, você irá se preparar para esta prova de cinco horas, que será realizada no último domingo do mês de agosto. Claro que, assim como em qualquer maratona, quem treina tem mais chances de chegar bem colocado do que quem não o faz. O mesmo vale para o ENEM. Alguns cuidados são necessários. Treino em excesso também faz mal. Quem exagerar no início, não terá gás para a reta final. Da mesma forma, quem relaxar nos primeiros quilômetros, dificilmente irá recuperar a desvantagem. Esta preparação inclui cuidados com a alimentação, a saúde, ter boas noites de sono e manter o equilíbrio emocional. Não descuide de nenhum desses aspectos. Nunca perca a perspectiva de que praticar um esporte não serve para uma única prova de resistência. É algo que faz bem à saúde e dá prazer. Estudar deve ser a mesma coisa. Construir seu conhecimento é algo fundamental para tornar-se uma pessoa melhor preparada para enfrentar os desafios da vida. O saber é um patrimônio que não se desgasta com o tempo, não pode ser roubado, nem perdido. Aquilo que você conhece, passa a dominar, e este domínio lhe dá autonomia e liberdade. Permite-lhe agir criticamente, analisar melhor as situações e tomar melhores decisões. É neste tipo de processo ensino-aprendizagem que acreditamos. Nós, professores do Premaesp, não estamos aqui somente para treinar você, mas almejamos trocar e construir conhecimentos. Temos amor ao que fazemos.

Tentamos oferecer a você tudo o que precisa para se desenvolver: aulas de qualidade; apostilas para aprofundamento dos conteúdos; blogs de apoio (veja em http://www.premaesp.com.br/), nos quais você poderá interagir com os professores e resolver dúvidas, além de consultar links para expandir o estudo dos temas. Aproveite bem todos esses recursos. E faça a sua parte!

Durma bem na noite anterior às aulas, não chegue atrasado, não falte, preste o máximo de atenção, resolva os exercícios propostos, leia os textos de aprofundamento, revise a matéria e faça os simulados. Cada um tem um jeito de estudar que funciona melhor. Respeite isso.

A prova que você enfrentará é dividida em duas partes: uma série de questões objetivas de múltipla escolha e uma proposta de redação. Cada uma das etapas vale metade da prova. Basicamente você deverá se preparar para interpretar textos bem, das mais diferentes modalidades, e para escrever bem na norma culta da língua portuguesa. Não deixe de fazer nenhum dos temas de redações pedidos. Uma corretora especializada em ENEM fará comentários e lhe atribuirá uma nota. Você verá pouco a pouco seu progresso. Não desanime. Acompanhe os principais temas da atualidade e invista em sua formação cultural.

O que mais ajuda? A melhor dica que podemos dar é a leitura. Leia regularmente e o máximo que você puder. Adote um jornal diário ou uma revista semanal de informações. E esteja sempre com um livro na cabeceira da sua cama ou na mochila. Escolha algum tema ou autor que você goste. Enfrente os grandes autores. Dessa forma, temos certeza de que você correrá no pelotão de elite, ou seja, entre os atletas que saem na frente e são considerados favoritos. A propósito, mexa-se! A largada já foi dada!

A proposta do curso

A frente de Língua Portuguesa do curso preparatório para o ENEM da Rede LFG, em parceria com o Premaesp, compreende interpretação de textos, literatura (sobretudo a produzida em território nacional) e redação, além de um pouquinho de gramática e noções de cultura brasileira e atualidades, para ajudar o aluno a formar um repertório importante para leitura e redação. Portanto, inclui a perspectiva interdisciplinar. Não se assuste quando aparecerem nas aulas conteúdos de história, geografia e até mesmo de ciências naturais ou lógica. O conceito atual de ensino/aprendizagem tem derrubado quase todas as fronteiras entre as disciplinas. É assim que deve ser, pois nenhum conhecimento é isolado.